A Schaeffler e a Johnson Matthey, referência em tecnologias sustentáveis, associaram-se à Bekaert, fornecedor de capas porosas de transporte para eletrolisadores PEM, e ao TNO, instituto independente de investigação no campo do hidrogénio, para desenvolver células que disponham de componentes otimizados para trabalhar para aumentar a sua eficiência para utilização na eletrólise. O consórcio reúne as competências individuais de cada empresa para impulsionar tecnologias inovadoras que reduzam o custo nivelado do hidrogénio e melhorem a eficiência dos componentes. O programa de investigação partilhada será desenvolvido ao longo dos próximos 3 anos e está aberto a novos participantes. 

O hidrogénio renovável terá um papel fundamental em todos os cenários de emissões líquidas zero e é crucial para descarbonizar os setores onde é mais difícil reduzi-las. A eletrólise é uma tecnologia para produzir hidrogénio renovável a partir da água e a energia de fontes renováveis; por isso supõe uma tecnologia chave para conseguir uma energia com zero emissões. O cenário de 1,5 °C da IRENA (International Renewable Energy Agency, Agência Internacional das Energias Renováveis) prevê cerca de 5000 GW de capacidade através de eletrolisadores em 2050, o que permitirá hidrogénio suficiente para satisfazer 12% da procura total de energia do planeta. Mas para garantir que assim seja, é essencial a inovação tecnológica e que a sua adoção seja acelerada. O objetivo é agilizar o desenvolvimento da tecnologia PEM otimizando os componentes mais importantes da célula (stack) do eletrolisador. Em última análise, promoverá o desenvolvimento da nova geração de eletrolisadores PEM que permitirá reduzir o consumo de eletricidade, produzir hidrogénio de forma mais económica e mitigar a pegada ecológica. A equipa irá ainda investigar uma utilização mais eficiente de componentes e elementos vitais mas escassos, com o que aumentará a eficiência relativamente aos eletrolisadores atuais. Para isso, os parceiros irão colaborar num programa de investigação partilhada que durará 3 anos e lançará as bases para gerar eletrolisadores de forma eficiente, duradoura e a baixo custo. Faz parte do programa VoltaChem, um Programa de Inovação Partilhada impulsionado pelo setor privado que apoia a indústria química, o setor energético e os licenciadores e fornecedores de equipamentos para que avancem para um futuro neutro para o clima.

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