As massas lubrificantes podem ser apenas uma pequena parte do orçamento da Manutenção de uma fábrica, mas desempenham um papel fundamental para manter o equipamento em funcionamento. A seleção da massa lubrificante certa é a primeira etapa crítica para obter economia do equipamento que esta irá lubrificar, ajudando a melhorar a produtividade e reduzindo gastos com manutenção e custos relacionados com paragens não planeadas dos equipamentos. Uma massa lubrificante de alta qualidade permitirá que se operem os equipamentos por mais tempo com menos tempo de inatividade. Este artigo fornece algumas informações gerais sobre massas lubrificantes e descreve quais os elementos a considerar para selecioná-las da forma mais apropriada em função da aplicação pretendida.
Uma massa lubrificante é um produto intermédio entre um sólido e um semi-sólido, obtido por dispersão de um agente espessante num líquido lubrificante. A massa lubrificante não é mais do que uma “esponja” cujos poros se encontram cheios de óleo; na sua composição, 80 a 95% é óleo base, 2-15% são espessantes e pode ter até 10% de aditivos, como se pode verificar pela Figura 1.
A função do espessante é garantir que a matriz física “segura” o óleo base numa estrutura sólida, até que fique sujeita a condições de trabalho, tais como cargas, resistência ao corte e sujeição à temperatura dando início ao escoamento viscoelástico da massa. Para obter esta matriz, é necessário um balanço cuidadoso de solubilidade entre o óleo base, o espessante e os aditivos. O espessante tem o papel fundamental de funcionar como uma “esponja”, fixando os outros componentes nela contidos (ver Figura 2). As massas lubrificantes são aplicadas nos mecanismos que são lubrificados com a frequência prevista, em que o óleo lubrificante, por si só, não se mantém no ponto de aplicação. Atuam também como selantes para evitar a entrada de água e outros materiais contaminantes. As forças mecânicas exercidas na massa lubrificante libertam o óleo nela contida. O mecanismo de funcionamento das massas lubrificantes baseia-se na libertação gradual de pequenas quantidades de óleo (e aditivos) como por exemplo, nas zonas de contacto entre elementos rolantes (dos rolamentos) e as pistas. Os elementos constituintes da massa atuam não só para impedir a penetração dos elementos contaminantes e água, bem como asseguram a quantidade adequada da reserva de lubrificante.
O óleo vai-se consumindo gradualmente e, logo que este se esgota, a massa endurece. Este processo de deterioração gradual é acelerado pelo aquecimento da massa (fator temperatura). Perante esta situação torna-se necessário expulsar a massa velha e substituí-la por massa fresca (relubrificação).
Eng.ª Ana Teresa Laranjeira
Spinerg – Soluções para Energia, S.A.
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