Revista Manutenção

Breve abordagem à manutenção preditiva

Breve abordagem à manutenção preditiva

O propósito deste artigo é dar uma breve abordagem da manutenção preditiva, assim como identificar os impactos que esta estratégia de manutenção poderá ter nas organizações.

Até aos anos 50 do século passado, as empresas encaravam a manutenção como uma área com pouco proveito e com gastos desnecessários. A função manutenção era chamada, na grande maioria das vezes, aquando da avaria do bem e, sem qualquer estratégia ou planeamento, repunha-se o equipamento no seu modo operacional, procedimento conhecido como Run-to-Failure [1]. De facto, esta estratégia pode gerar problemas de negócio em virtude do número de avarias, uma vez que poderá levar, no limite, à indisponibilidade dos equipamentos e paragem total da organização, causando dificuldades de gestão e produção.

Com o surgimento da Revolução Industrial, a manutenção ganhou um papel mais relevante [1]. Sendo a manufatura progressivamente mais digital, a cadeia de fornecimento mais complexa e os produtos mais diversos, isso implicou nas máquinas uma maior taxa de avarias, a qual conduz a graves e dispendiosos problemas [1]. Assim, nasceu a ideia de prevenir falhas e evitar os tempos de indisponibilidade repentinos devido às mesmas, comprometendo a eficiência do investimento.

Contudo, a história da evolução dos tipos de manutenção não termina aqui. Ao longo dos anos, o mercado tornou-se mais competitivo. A implementação de métodos de gestão de produção, assim como o fornecimento just-in-time de peças e acessórios, e o aumento de processos de automação podiam levar a que uma anomalia, à primeira vista insignificante, causasse a paragem da fábrica inteira. Suplementarmente, a imposição de requisitos, nomeadamente leis e normas ecológicas e de segurança, aumentou os condicionamentos das empresas com eventuais impactos na fiabilidade e possíveis sacrifícios a nível da produção. Em virtude da componente financeira e das prioridades de produção, no caso das intervenções sistemáticas, a necessidade de realizar as intervenções com base na condição passou a ser mais comum.

As inspeções não-destrutivas e análises são, assim, a base da manutenção condicionada [2]. A perceção de uma vibração fora do padrão do motor do nosso veículo, o aparecimento no dash-board do símbolo Check, indicando que é necessária uma intervenção para que os parâmetros voltem à sua gama de funcionamento, são exemplos disso. No entanto, o enorme avanço tecnológico, traduzido na generalização do uso do computador e as mudanças significativas no setor de manufaturação, permitiu lançar novas formas de manutenção em que se procura, de igual modo, evitar a avaria, mas intervindo de forma localizada, isto é, quando os sistemas de diagnóstico indicam que a avaria está iminente [3]. Assim se faz um resumo fiel da manutenção preditiva.

O propósito deste artigo é dar uma breve abordagem da manutenção preditiva, assim como identificar os impactos que esta estratégia de manutenção poderá ter nas organizações.

Manutenção Preditiva

De acordo com a norma respeitante à terminologia de manutenção, NP EN 13306:2021, a manutenção preditiva baseia-se na “condição efetuada de acordo com as previsões extrapoladas de análises repetidas ou características conhecidas e avaliação de parâmetros significativos da degradação do bem”.

Maxim Balitki
Navaltik Management – Organização da Manutenção, Lda.

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