Contextualização
Para a contextualização da Refrigeração e Climatização, no que ao seu desenvolvimento e evolução diz respeito, é consensual considerar-se a influência determinante das medidas mitigadoras obrigatórias, sucessivamente adotadas em consequência das Alterações Climáticas, desde Montreal a Paris, relativamente a todas as fases do ciclo de vida das substâncias que empobrecem a camada de ozono e ou com efeito de estufa e seus equipamentos. Outro fator incontornável resulta da temática em torno da produção e consumo de energia, com forte ênfase nos edifícios. Neste particular, atendendo a que na UE 50% da energia total é consumida em edifícios, e que cerca de 50% da energia consumida é utilizada para fins de aquecimento e arrefecimento, o crescimento da utilização de equipamentos de Climatização nos edifícios habitacionais, comerciais e de serviços nas últimas décadas, tem-se revelado como uma das principais causas de um aumento da procura de energia elétrica, pelo que, também em consequência, o respetivo parque imobiliário é responsável por 36% das emissões de CO2, merecendo o Setor da Refrigeração e Climatização especial destaque nas estratégias europeias de descarbonização.
Os fluidos refrigerantes
Desde o Protocolo de Montreal, os fabricantes de fluidos refrigerantes têm sido obrigados a grandes esforços de investigação e desenvolvimento na produção de alternativas aos CFC’s e HFC’s. Atualmente, o mercado produtor disponibiliza fluidos frigorigéneos com baixo ou nulo potencial de aquecimento global, nomeadamente o propano (R290) e CO2 e, vindo estes a merecer uma boa aceitação pelos fabricantes de equipamentos de climatização, continuando o amoníaco a ser o preferido para o setor da grande Refrigeração. No mercado das aplicações domésticas de Climatização e Refrigeração, os fluidos na base de hidrocarbonetos, apesar das suas caraterísticas de inflamabilidade e explosividade, como por exemplo o isobutano, tiveram grande aceitação do mercado, atendendo à particularidade de que estes sistemas, mesmo com as características referidas, são normalmente sistemas herméticos e com baixas cargas de fluido, não constituindo por isso um risco relevante.
Com o objetivo de evitar as fugas para a atmosfera de CFC’s e HCFC’s, proveniente das novas e existentes instalações de Climatização e Refrigeração, as autoridades europeias regulamentaram a certificação de empresas instaladoras destes sistemas e os respetivos profissionais, com harmonização de critérios e procedimentos em todo o espaço europeu, procurando assim garantir uma eficaz qualidade das instalações, com garantida hermeticidade ou com minimização de fugas, bem como uma igualmente eficaz operação e manutenção.
Adeodato Clemente
Presidente do Organismo de Normalização Setorial da APIRAC
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- Artigo “Climatização em quadros elétricos industriais” da edição 159 da revista “Manutenção”;
- Dossier “Manutenção na indústria de refrigeração” da edição 146/147 da revista “Manutenção”;
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