Introdução
Dada a crescente importância atribuída à gestão de ativos e consequente implementação de sistemas de gestão estruturados nas empresas, importa entender de que modo – e com que ferramentas – as organizações podem tirar o pulso aos sistemas implementados e como podem gerir, de forma mais efetiva, os seus principais ativos. De igual modo, o crescente foco que as organizações têm atribuído à gestão dos seus principais ativos tem sido acompanhado por uma maior preponderância dos responsáveis de manutenção, como principais dinamizadores e facilitadores, de uma maior e melhor gestão dos ativos.
Deste modo, assim como se realizou um grande desenvolvimento de documentos normativos que apoiaram a criação e maturação dos sistemas de gestão de ativos, como é o caso da PAS 55:2008 e a famílias de normas ISO 55000, torna-se relevante, e necessário, o desenvolvimento de modelos que auxiliem as organizações a avaliar os seus processos de gestão face aos objetivos traçados, fornecendo as ferramentas fundamentais, para que possam continuamente desenvolver os seus processos.
Estabelecida a relevância apresentada por este tema, será abordado ao longo deste artigo os principais pontos requeridos para a correta aferição da maturidade dos sistemas de gestão de ativos, e como a manutenção impacta estes sistemas.
Avaliação da maturidade
A avaliação do nível de maturidade de uma organização deverá ser vista como a primeira tarefa para a definição dos processos a serem seguidos para uma gestão positiva dos ativos (IBM, 2013). A medição da
gestão irá permitir perceber o atual estado da empresa face às melhores praticas na gestão de ativos, sendo esta aferição realizada a partir da utilização de modelos que permitem identificar os pontos fortes e fracos das organizações, viabilizando a definição de procedimentos que possibilitam uma priorização eficiente das ações.[4]
O IAM (Institute of Asset Management) introduz em 2008 a primeira metodologia de avaliação da maturidade de sistema de gestão de ativos, por força do desenvolvimento da norma PAS 55, designado por PAM (PAS 55 Assessment Methodology), existindo mais tarde a necessidade de atualizar esta metodologia por força da publicação da família de normas ISO 55000, que apresenta novos e diferentes requisitos para a gestão de ativos. Com esta necessidade foi desenvolvida a metodologia SAM (Self-Assessment Methodology) com o objetivo de permitir às organizações avaliar os seus processos face aos requisitos da norma ISO 55001, tornando-se esta nova metodologia aplicável aos diferentes setores.
Estas metodologias foram desenvolvidas com o propósito de servirem de base para a autoavaliação das organizações, permitindo a aceção dos pontos fortes e fracos em conformidade com os requisitos dos documentos normativos. Para tal, a metodologia PAM apresenta 5 níveis de maturidade em conformidade com os requisitos da norma PAS 55, enquanto a metodologia SAM apresenta 4 níveis de maturidade com base no nível de conformidade com a norma ISO 55001, sendo cada nível revelador do estado de integração de ambos os métodos. [4]
De igual modo, o instituto CMMI (Capability Maturity Model Integration) desenvolveu e atualizou o modelo CMM (Capability Maturity Model) atualmente conhecido como CMMI, um modelo de avaliação dos processos. À semelhança das metodologias já apresentadas, este modelo é definido em 5 níveis de maturidade, neste caso focados na definição e maturação dos processos necessários aos modelos efetivos de gestão. Sendo este um modelo de avaliação genérico, a sua aplicabilidade dependerá fortemente da definição dos objetivos estratégicos da organização para uma definição dos processos necessários a uma gestão de ativos efetiva. [3]
David Antunes Barros
dbarros@manwinwin.com
Navaltik Management – Organização da Manutenção, Lda.
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