O ritmo implacável das mudanças económicas, regulatórias e tecnológicas fará com que as empresas cujos modelos de negócio dependem da estabilidade, bem como de uma tomada de decisões demorada, fiquem expostas a desafios aos quais talvez não sobrevivam. A flexibilidade é essencial para acompanhar o ritmo da mudança que ocorre no panorama empresarial mundial.
A transformação digital é amplamente aceite como a “chave” para criar novas oportunidades para as empresas. As empresas com visão de futuro reconhecem que existe uma ligação entre a utilização das novas tecnologias para otimizar as suas instalações e os seus objetivos mais abrangentes de segurança física e cibersegurança, sustentabilidade e eficiência operacional. No entanto, saber como fazê-lo de forma eficaz não está tão claro: é essa a lacuna que os serviços profissionais podem preencher.
As novas oportunidades criam novos desafios
Pode ser arriscado implementar modelos operacionais digitais de ponta a ponta utilizando exclusivamente recursos internos. Isto acontece, principalmente, devido às rápidas mudanças tecnológicas, às restrições orçamentais e à atual escassez de talento. Deve recorrer-se a parceiros de serviço que assegurem a experiência e a orientação de que as organizações precisam para transformarem a sua infraestrutura e para se tornarem ágeis e totalmente digitais.
Os estudos revelam que é uma grande prioridade utilizar as novas tecnologias para melhorar a produtividade, reduzir o desperdício, impulsionar o desempenho energético e alcançar métricas de sustentabilidade de forma a proteger pessoas, ativos e dados. Na verdade, quase 75% das empresas já se comprometeu com a jornada da transformação digital; contudo, só 25% atingiu níveis mais maduros (estudo IDC MaturityScape: The Future Enterprise, abril de 2019). Estes números confirmam que a viagem da transformação digital pode ser difícil; mas não a empreender pode ter consequências negativas.
O estado atual e as futuras necessidades das instalações e operações
Proteger as pessoas, os dados e as operações é a principal prioridade, e não o fazer pode afetar seriamente a rentabilidade. Mesmo as empresas mais sofisticadas enfrentam o desafio de otimizar as operações das suas instalações – e tal vai desde a mudança de local ao modelo de Edge distribuído, passando pelo aumento dos requisitos regulatórios e de eficiência, e ainda a obsolescência das competências internas. Todos estes fatores aumentam ainda mais as dificuldades. Recentemente,
a Schneider Electric associou-se à IDC, empresa global de inteligência de mercado, para inquirir responsáveis por tomadas de decisão comerciais em várias regiões e setores, com o objetivo de obter informações importantes sobre o estado atual e as futuras necessidades das instalações e operações dos clientes. As 2 principais descobertas são:
- As operações da fábrica e da empresa estão intrinsecamente interconetadas;
- Uma grande percentagem das organizações obtém lucros significativos através da realização de parcerias com empresas de serviços.
Gabriel Longo
Secure Power & Field Services Sales Manager
Schneider Electric Portugal
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- Artigo “Digitalização no segmento industrial” da edição 150/151 da revista Manutenção;
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