Revista Manutenção

Indicadores na gestão da produção

Indicadores, manutenção e controlo de qualidade na gestão da produção (2ª parte)

O objetivo deste estudo consistiu na avaliação das variações dos indicadores ao longo do tempo, na comparação dos indicadores com valores de referência analisando os resultados obtidos.

Apresente dissertação teve como estudo os indicadores e o controlo da qualidade na gestão da produção da Indorama Ventures Portugal PTA (IVP PTA), situada na cidade de Sines, Portugal. Esta empresa tem como finalidade produzir ácido tereftálico purificado (PTA) que consiste num pó branco, que é a matéria-prima para a produção de polietileno tereftalato (PET) sendo este último um polímero termoplástico.

O objetivo deste estudo consistiu na avaliação das variações dos indicadores ao longo do tempo, na comparação dos indicadores com valores de referência analisando os resultados obtidos. Definiu-se parâmetros de melhoria através da gestão de equipamentos. Verificou-se a disponibilidade dos equipamentos e analisou-se os custos de controlo. Todos estes parâmetros estão associados à gestão da produção.

As principais conclusões são que os gráficos de controlo de processo são amplamente utilizados em ambientes industriais, como ferramentas para manter a qualidade do produto e são de fácil utilização e compreensão. Os gestores têm de estabelecer um conjunto utilizável de indicadores de desempenho de manutenção e de produção que depende principalmente dos objetivos de manutenção e dos objetivos da empresa.

A 1ª parte do artigo “Indicadores, manutenção e controlo de qualidade na gestão da produção” está presente no Dossier “Logística e Gestão de Ativos” da edição 149 da revista “Manutenção”.

Análise da temperatura de saída do secador da oxidação

A pasta de CTA é aquecida através de tubos (serpentinas), localizados no interior do secador, com vapor a 159 ºC. Os gráficos que se seguem mostram a temperatura média diária à saída do secador, desde agosto de 2018 até junho de 2020. A temperatura normal de trabalho é 150 ºC +/- 5 ºC. Esta temperatura é influenciada pela pressão do vapor, porque quanto maior for a pressão, existe mais passagem de caudal de vapor, logo a temperatura sobe.

A descida da temperatura, em condições normais, significa que o secador está a ficar colmatado com pasta/pedras de CTA e assim, existe uma rotina trimestral de lavagem do secador com uma solução soda cáustica a 80 ºC.

Inicialmente a pressão de vapor do secador era controlada pela temperatura do pó à saída do secador a 148 ºC e estava limitada a um máximo de 4,5 barg. Posteriormente, após informação de outras fábricas do grupo que verificaram que a implementação de uma pressão constante “permitindo” a flutuação da temperatura, dentro de limites, iria aumentar a vida útil do secador – esta pressão foi fixada em 4,5 barg.

Em agosto de 2018 o desempenho do secador diminuiu e iniciou-se um registo diário das condições de trabalho do secador, para prever uma paragem não planeada.

Diana Sofia Carneiro Soares e Filipe Didelet
Instituto Politécnico de Setúbal – Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, Setúbal, Portugal
diana.soares18@gmail.com; filipe.didelet@estsetubal.ips.pt

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