A utilidade do desenho e análise de experiências são, em geral, postas em causa usando-se como argumento os casos de estudo que não foram bem-sucedidos e por desconhecimento puro e simples dos seus princípios e boas práticas. Para alterar preconceitos ou ideias erradas sobre a utilidade do DoE, neste artigo são apresentadas as más práticas que são comuns ocorrer quando se utiliza esta ferramenta e o que pode ser feito para as evitar. Desta forma espera-se contribuir para encorajar aqueles que têm a responsabilidade de assegurar uma Gestão da Manutenção eficaz ao utilizar o DoE para melhorar a qualidade (fiabilidade, disponibilidade, robustez, …) do processo/equipamento e do produto.
Introdução
A melhoria da qualidade dos produtos e dos serviços, o aumento da produtividade e da agilidade das empresas, assim como a redução dos prazos e dos custos de fabrico são, nos dias de hoje, diretamente dependentes da forma como a Manutenção é gerida nas empresas. Por consequência, a gestão da manutenção tem de ser eficiente e não apenas eficaz. Isto obriga a uma permanente valorização (formação) dos recursos humanos, à disponibilização de novas tecnologias e à utilização das metodologias e das ferramentas mais apropriadas para se atingirem os melhores resultados possíveis.
O Desenho e Análise de Experiências (DoE) é uma das ferramentas que está a ser cada vez mais utilizada para conceber e melhorar a qualidade dos processos/equipamentos/produtos, nomeadamente em termos da sua fiabilidade, disponibilidade e robustez. De facto são muitos os casos de estudo que demonstram a aplicabilidade desta ferramenta no âmbito das atividades da gestão da manutenção [1]. Porém, a utilidade do DoE é ainda posta em causa por desconhecimento, puro e simples, dos princípios e das boas práticas que lhe devem estar subjacentes e na sequência da resolução de problemas onde os resultados esperados não foram alcançados. Com este artigo pretende-se que os potenciais utilizadores do DoE dela tomem conhecimento e evitem incorrer em más práticas ao fazerem uso desta ferramenta. Para o efeito, os erros mais comuns que são passíveis de ser cometidos são revisitados e também são apresentadas recomendações para os evitar.
N. R. Costa
Departamento de Engenharia Mecânica, Instituto Politécnico de Setúbal-EST Setubal, Portugal
Unidade de Investigação em Engenharia Mecânica e Industrial, FCTUNL, Portugal
F. D. Pereira
Departamento de Engenharia Mecânica, Instituto Politécnico de Setúbal-EST Setubal, Portugal
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