Revista Manutenção

Compressores

Aplicação de indicador de disponibilidade de compressores do sistema de refrigeração de uma fábrica de hemoderivados

Na fábrica de hemoderivados localizada em Pernambuco, no Brasil, é realizado o armazenamento de plasma…

Na fábrica de hemoderivados localizada em Pernambuco, no Brasil, é realizado o armazenamento de plasma, matéria-prima que necessita de ser mantida em temperaturas específicas, mas foi detetada uma baixa disponibilidade do sistema de refrigeração decorrente da falha dos compressores do sistema, que deve ser mantida a 100%. Para aumentar a eficiência do sistema foi desenvolvido um Indicador de Disponibilidade dos Compressores, para servir de parâmetro para a realização do planeamento das manutenções preventivas que devem ser realizadas nos compressores a cada 10 000 horas. Com a implementação do Indicador, não só houve o planeamento da manutenção e aumento da disponibilidade do sistema de refrigeração da fábrica, como a mudança da cultura de manutenção da fábrica, focada após a aplicação deste trabalho da proatividade e confiabilidade.

Introdução

A fábrica na qual foi desenvolvido este trabalho atua no ramo farmacêutico, realizando o armazenamento de plasma humano doado por postos de saúde, tendo um importante papel na cadeia de produção de medicamentos para o tratamento de hemofilia (hemoderivados), que são produzidos por um laboratório francês e distribuídos pelo SUS. Portanto, manter o plasma armazenado nas condições ideais determinadas pelo Ministério da Saúde (Portaria MS n.º 7649, de 25 de janeiro de 1988), é uma tarefa crítica para a cadeia de produção dos hemoderivados. Entre os itens que formam o sistema de armazenamento, integra o sistema de refrigeração, que é responsável por preservar a maioria das propriedades do plasma. Portanto, este sistema deve operar continuamente.

O sistema de refrigeração usado no armazenamento do plasma opera a -45ºC, -25ºC e -5ºC, através de um sistema de compressão com intermediário e uso de amónia (-45º e -25ºC) e Freon (-5ºC) como refrigerantes. A amónia, diferente do Freon, não apresenta riscos ambientais, possuindo um potencial de deterioração da camada de ozono e potencial de aquecimento global iguais a zero, porém oferece riscos à saúde humana devido à toxidade e inflamabilidade. Ainda assim o vapor de amónio possui um odor caraterístico que pode ser sentido com facilidade, indicando vazamentos, diferente de outros fluidos refrigerantes como CFC (prejudicial ao meio ambiente). Além disso, a amónia possui uma boa capacidade térmica, promovendo o arrefecimento de ambientes 20% mais eficientes do que instalações com outros fluidos, como Freon, por isso justifica-se a sua utilização nos sistemas que pedem a retirada de uma maior carga térmica [1].

Davi Fernandes de Sousa Neto, Engenharia Mecânica, Universidade de Pernambuco, UPE,
Rogério Pontes de Araújo, Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE
Lázara Silveira Castrillo, Engenharia de Energia Nuclear, Instituto Superior em Ciências Energéticas y Nucleares,
Francisco José Alves Lima, Engenharia Mecânica, Universidade de Pernambuco, UPE

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