O acompanhamento do ciclo de vida dos ativos físicos implica abordar temas, tais como, a sua eficiência energética e a sua substituição, designadamente a definição do momento mais adequado para renovar um determinado equipamento. O presente artigo apresenta uma breve caracterização das fontes energéticas e o estudo do ciclo de vida de ativos de uma organização do setor alimentar. Primeiramente será feita uma abordagem relativamente aos custos e aos encargos com as fontes energéticas da organização e, em seguida, é apresentado o estudo sobre a substituição de ativos físicos; para esse efeito foram utilizados métodos tradicionais, tais como o da “vida económica”; os modelos que lhe estão subjacentes são fortemente discutidos ao longo deste artigo, utilizando dados reais da organização, para a sua validação. Nele serão abordados três métodos de depreciação de ativos físicos, nomeadamente: o Método Linear de Depreciação; o Método da Soma dos Dígitos e o Método Exponencial. Foram também usados métodos para a determinação do Ciclo Económico de substituição dos ativos físicos, designadamente os seguintes: Método da Renda Anual Uniforme (MRAU); Método da Minimização do Custo Médio Total (MCMT); e o Método MCMT com redução do valor presente (MCMT RVP). Os equipamentos usados para este estudo foram os fornos de padaria, com fontes energéticas diferentes: gás; e eletricidade. Por fim, são apresentados os resultados e as conclusões resultantes da aplicação dos métodos usados nestes ativos da indústria alimentar.
Conclusão final
Através da aplicação dos métodos definidos e dos resultados obtidos, tendo considerado uma taxa aparente constante, observa-se que o melhor momento de substituição do forno elétrico será no ano de 2019. Esta afirmação pode ser confirmada pelos dados anteriormente mencionados; o mesmo já não acontece quando usamos uma taxa aparente variável. Neste caso, a informação de que dispomos refere que o melhor período para substituir o forno elétrico situa-se entre 2012 e 2014. É importante referir, também, que o método utilizado é diferente em ambos os casos, pois quando nos referimos ao ano de 2019 o método usado foi o MCTM, já para o intervalo de anos entre 2012 e 2014 foram o MCMT – RVP e o MRAU, respetivamente.
Forno Anelar
- Caracterização do Forno
Na chapa sinalética podemos verificar toda a identidade do forno anelar (Figura 19 a-b).
Como é possível observar o forno foi instalado no ano de 2002, um dos primeiros fornos instalados na área fabril, sendo um equipamento com aproximadamente 18 anos. A chapa sinalética não apresenta a informação sob o consumo de gás. No entanto, através de catálogos do fornecedor, foi possível escolher um forno semelhante. As Figuras 19 e 20 ilustram os valores referentes ao consumo de gás propano.
João Pereira1, José Torres Farinha1,2, Hugo Raposo1,2,3, Edmundo Pais1,3,4
1ISEC – Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Portugal
2CEMMPRE – Centre for Mechanical Engineering, Materials and Processes, Coimbra, Portugal
3EIGES – Research Centre in Industrial Engineering, Management and Sustainability, Universidade Lusófona, Lisboa, Portugal
4CISE – Centro de Investigação em Sistemas Electromecatrónicos – UBI
joaoandre1992dias@gmail.com; torres.farinha@dem.uc.pt; hugo.raposo@isec.pt; edmundopais@gmail.com
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