O acompanhamento do ciclo de vida dos ativos físicos implica abordar temas, tais como, a sua eficiência energética e a sua substituição, designadamente a definição do momento mais adequado para renovar um determinado equipamento. O presente artigo apresenta uma breve caracterização das fontes energéticas e o estudo do ciclo de vida de ativos de uma organização do setor alimentar. Primeiramente será feita uma abordagem relativamente aos custos e aos encargos com as fontes energéticas da organização e, em seguida, é apresentado o estudo sobre a substituição de ativos físicos; para esse efeito foram utilizados métodos tradicionais, tais como o da “vida económica”; os modelos que lhe estão subjacentes são fortemente discutidos ao longo deste artigo, utilizando dados reais da organização, para a sua validação. Nele serão abordados três métodos de depreciação de ativos físicos, nomeadamente: o Método Linear de Depreciação; o Método da Soma dos Dígitos e o Método Exponencial. Foram também usados métodos para a determinação do Ciclo Económico de substituição dos ativos físicos, designadamente os seguintes: Método da Renda Anual Uniforme (MRAU); Método da Minimização do Custo Médio Total (MCMT); e o Método MCMT com redução do valor presente (MCMT RVP). Os equipamentos usados para este estudo foram os fornos de padaria, com fontes energéticas diferentes: gás; e eletricidade. Por fim, são apresentados os resultados e as conclusões resultantes da aplicação dos métodos usados nestes ativos da indústria alimentar.
Introdução
A gestão de ativos de uma organização deve traduzir os objetivos organizacionais que estão subjacentes às decisões de caráter técnico e financeiro, incluindo os respetivos planos e medidas táticas, vertidos nos seus planos de atividade.
Muitas organizações tomam decisões isoladas, por reação a acontecimentos, isto é, cada decisão é tomada e implementada, por vezes por empirismo, sem que seja feita uma análise sobre o impacto que essa decisão vai ter na organização.
Questões simples, como custos, riscos e desempenho, se não forem tomadas em consideração, uma decisão que era simples para a solução de um determinado problema pode tornar-se numa má decisão para a organização como um todo.
João Pereira1, José Torres Farinha1,2, Hugo Raposo1,2,3, Edmundo Pais1,3,4
1 ISEC – Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Portugal
2 CEMMPRE – Centre for Mechanical Engineering, Materials and Processes, Coimbra, Portugal
3 EIGES – Research Centre in Industrial Engineering, Management and Sustainability, Universidade Lusófona, Lisboa, Portugal
4 CISE – Centro de Investigação em Sistemas Electromecatrónicos – UBI
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